Ao entrar no nono dia (domingo, dia 09 de fevereiro), a greve dos petroleiros já atinge mais de 90 unidades do Sistema Petrobrás em 13 estados do país.
É possível afirmar que desde o movimento paredista de 1995, essa é a greve mais forte realizada pela categoria petroleira. Prova disso é a decisão da gestão da Petrobras de abrir processo de recrutamento e seleção para contratar, por dois meses, pessoas para substituir os grevistas.
Os diretores da FUP e de seus sindicatos já receberam várias ligações de petroleiros recém aposentados que foram procurados pelos gerentes para que substituíssem os trabalhadores em greve. E eles disseram não.
É a primeira vez na história das greves dos funcionários da Petrobras que acontece tal fato. Nos movimentos passados, a estatal se limitava a enviar aqueles petroleiros fura-greves de um estado para outro para substituir os operadores.
A informação que tem chegado às nossas direções sindicais é de que os aposentados estão revoltados com a atitude da Petrobras e não estão aceitando furar a greve.
Por que a Petrobrás não está usando essa mesma estratégia? Porque a adesão à greve é grande. A estatal mente para a sociedade e para a imprensa ao minimizar o movimento, ao dizer que ele é fraco. Uma contradição que mostra grande distância entre o que se fala e o que se faz.
Não seja traidor e nem pelego
Ao convocar os aposentados a retornar ao trabalho de forma temporária, a atual gestão da Petrobrás quer dividir e enfraquecer a categoria.
A FUP e seus sindicatos fazem um apelo aos aposentados e aposentadas, para que não atendam ao chamado da empresa. Não traia a sua categoria. O lugar dos traidores é o lixo da história. Ajude a construir, a defender a Petrobrás.
Essa luta não é só dos trabalhadores da ativa, não é só contra as demissões e descumprimento do ACT. Ela diz respeito também aos aposentados.
A atual gestão da Petrobras está se utilizando de vários artifícios para acabar com a AMS para os aposentados e vem atacando a Petros. Saiba que se você contribuir para enfraquecer essa luta terá de arcar também com sérias conseqüências.
Os terceirizados devem agir da mesma forma. A resistência e a união são as nossas mais fortes armas nesse momento.
A greve é um direito do trabalhador. Mas a vitória depende mais da categoria do que da FUP e dos Sindipetros.
[Edição FUP | Texto e foto: Imprensa do Sindipetro-BA]
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