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Neoliberalismo – Parte 2

No Brasil, o pensamento neoliberal começou a ganhar força com o fim do regime militar. Ao findar da ditadura, o país precisava lidar com um problema que o assolou durante boa parte do regime: a inflação. Além disso, a indústria brasileira encontrava-se em pleno atraso quando comparada as indústrias dos demais países do ocidente. O cenário se tornou ainda mais caótico com a eleição de Fernando Collor de Mello para a presidência da república.
Com a economia ainda em frangalhos e a inflação atingindo níveis  alarmantes. a solução encontrada à época foi a criação de uma nova moeda, além de mudanças bruscas nas leis trabalhistas e privatização de empresas estatais. Com o intuito de abrir as portas do país para o mercado externo, o presidente incluiu o Brasil em blocos econômicos como o Mercosul. Este era o início do que ficaria conhecido como “Plano Collor”.
No início da década de 1990, o mercado brasileiro era inundado por produtos importados devido a redução dos impostos por importação. A oferta e procura por produtos aumentou consideravelmente e o mercado brasileiro parecia novamente aquecido com o fantasma da inflação se mostrando uma lembrança distante. O clima de otimismo, no entanto, não durou como era esperado.
Ao mesmo tempo que o governo brasileiro incentivava os investimentos externos com privatizações estatais e incentivos fiscais, lá fora crescia o receio de investidores devido à crescente instabilidade econômica para qual o país retornava. Na mesma época, o governo adotava medidas de retenção de poupança de quem tivesse valor acima de 50.000 cruzeiros, o que ficou conhecido como “confisco” pela população. No fim das contas, o plano Collor não conseguira estabilizar a economia do Brasil e nem conter a inflação.  Aliada a escândalos de corrupção, a insatisfação com o governo foi tal que culminou com a interrupção do mandato do presidente Collor em 1992.
Após o impeachment, o novo presidente da república Itamar Franco une forças com Fernando Henrique Cardoso, que começa a delimitar a criação do plano real, que finalmente traz estabilidade à economia brasileira no ano de 1994. Com o sucesso do plano real, FHC é eleito presidente do Brasil naquele ano e como parte de governo, adota novamente  medidas neoliberais como seus antecessores. As medidas iam de privatizações de estatais, vendas de bancos estaduais e redução drástica do funcionalismo público. 
Resultados da abordagem liberal em governos brasileiros podem ser sentidas até hoje. Durante o governo Fernando Henrique diversas estatais foram leiloadas a nomes estrangeiros, causando uma derrocada considerável na economia, visto que se tratava de empresas lucrativas e competitivas.
Embora no governo Lula algum protagonismo estatal tenha sido recuperado, os sintomas de desigualdade causados por governos neoliberais é facilmente detectada na grande disparidade social enfrentada pelo país até os dias de hoje.
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