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Ditadura não se comemora, se repudia

Nós, trabalhadores e trabalhadoras do Sindipetro-ES repudiamos veementemente a decisão do presidente Jair Bolsonaro de comemorar o golpe de 1964 em quartéis de todo o Brasil. O ato, um total descaso à memória daqueles que foram vítimas do regime, é uma demonstração sem igual de perversidade.
O presidente, em outras épocas, já se mostrou favorável a governos ditatoriais e cerceamento da liberdade. Além disso, se pronunciou favoravelmente a atos impugnáveis de tortura. Celebrar a morte, a tortura e o sofrimento é algo sem espaço em qualquer democracia saudável e nos recusamos terminantemente a comemorar um dos períodos mais negros da nossa história.
Além de diversas propostas que lesam profundamente o trabalhador, o presidente se mostra indiferente a história de um Brasil  que ainda sangra, chora e grita para que as mazelas sofridas durante aquele período não sejam esquecidas. Pisa sobre a memória daqueles que perderam suas vidas lutando pela democracia e liberdade, escarnece das famílias que nunca puderam sequer velar seus entes queridos.
Celebrar a ditadura é celebrar o atraso, a dor. É retroceder a um estado não civilizado, onde o que rege a sociedade é o medo e a censura. Se negar a comemorar um golpe como o de 1964 é, além de um ato político, humanitário. Jamais hastearemos a bandeira da brutalidade, da violência e do silenciamento.
Nos solidarizamos e homenageamos todos os brasileiros e brasileiras que se opuseram a este regime e também, nos fortalecemos ao lado dos amigos e amigas que não sucumbiram à barbárie celebrada aos gritos por um povo sem memória. Nosso compromisso sempre será com os trabalhadores e trabalhadoras e, acima de tudo, com o Brasil. Um Brasil livre, que só pode existir por meio da democracia e do debate, não silenciado por fuzis e torturas.

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