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Artigo: Honrar Pai e Mãe

Ninguém escolhe pai e mãe. Mas sejam eles ricos ou pobres, feios ou bonitos, cultos ou incultos, a maioria de nós sente a necessidade de honrá-los.
Honrar pai e mãe não é somente respeitá-los, mas também protegê-los e assisti-los nas suas necessidades, como eles fizeram por nós na infância.
Da mesma forma ninguém escolhe um país para nascer, mas em maioria entendemos que devemos honrar e defender nossa pátria, tenha ela os problemas que tiver.
O brasileiro tem o hábito de criticar seu país, olhando sempre só os aspectos negativos. Outros países com problemas muito maiores são enaltecidos por seus cidadãos.    Talvez o patriotismo se desenvolva pelo enfrentamento de problemas coletivos como guerras, terremotos, tsunamis etc. Coisas que os brasileiros não conhecem.
Mas pior do que criticar seu país é trabalhar contra ele, como vemos no caso o pré-sal. A existência de uma mídia dirigida por interesses estrangeiros, não deveria induzir os brasileiros a aceitar dar “de mão beijada” recursos naturais de tamanha relevância.
O fato de terem ocorrido problemas de corrupção e até de má administração na Petrobras, não pode servir de justificativa para que se cometam erros ainda maiores.
Alguém já disse : “A nação que não consegue explorar por conta própria e adequadamente seus recursos naturais, jamais será independente.”
É preciso entender que existe uma mídia orquestrada trabalhando sistematicamente em apoio a empresas estrangeiras.
O pré-sal foi descoberto pela utilização de tecnologias próprias da Petrobras, desenvolvidas por seus geólogos e geofísicos.
O primeiro campo no pré-sal (Libra) era uma concessão que foi abandonada e devolvida pela Shell para a ANP, após insucesso na sua exploração.
A Petrobras conhecedora das perspectivas, assumiu aquela concessão e chegou no pré-sal.
Posteriormente, no desenvolvimento do campo de Jubarte, A jornalista Miriam Leitão, já começava a mostrar sua torcida contra a Petrobras e em artigo (set/2008) afirmava:  “Antes será preciso dirimir inúmeras dúvidas técnicas sobre a viabilidade da exploração” e “Apesar de todo este oba-oba, o fato é que a produção da Petrobras em 2007 caiu e este ano cresceu míseros 2%” . Disse ainda: “Para explorar o pré-sal a Petrobras precisará  adquirir tecnologia no exterior, pois não sabe extrair óleo em tais profundidades. Muitos técnicos deverão vir de fora.”
Também em setembro de 2008 Carlos Alberto Sardenberg completava: “Petroleo do pré-sal só existe na campanha do governo”.
De lá para cá a mídia perniciosa combateu o desenvolvimento do pré-sal sem nenhum pudor.
A campanha no Brasil ganhou eco até no exterior e, no início de 2014 o Washington Post vaticinava: “A euforia brasileira com o pré-sal é um tiro de festim, pois a existência das reservas é questionável, e caso o petróleo exista, vai demorar a jorrar.”
Hoje, sabemos que tudo o que diziam eram inverdades. A Petrobras desenvolveu suas próprias tecnologias pelas quais recebeu as maiores premiações dadas na área de petróleo e já alcançou a produção de 1 milhão de barris dia no pré-sal, com custo de extração inferior ao obtido por todas as outras majors.
Mesmo assim, aproveitando os problemas surgidos com a Lava Jato e os balanços da Petrobras “maquiados” em 2014 e 2015, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg no final de abril de 2016 profetizou; “Quebraram a estatal, vamos falar francamente: a Petrobras só não está em pedido de recuperação judicial porque é estatal. Todo mundo espera que em algum momento o governo imprima dinheiro para capitalizar a empresa.”
Nada disso aconteceu e nem vai acontecer. Todas estas notícias tem o único objetivo de levar a opinião pública a aceitar passivamente a entrega do pré-sal para empresas estrangeiras.
Abrahan Lincoln disse: “Só tem direito de criticar aquele que pretende ajudar.”
Claramente os jornalistas citados não tem nenhuma intenção de ajudar a Petrobras.
A Petrobras não tem nenhuma necessidade de acelerar a produção no pré-sal. O consumo brasileiro já está plenamente atendido. Produções adicionais terão de ser exportadas e sem grandes vantagens, pois o preço do barril está baixo. Então qual a justificativa para esta pressa em transferir as reservas para o capital estrangeiro? O mínimo que podemos dizer é que se trata de um crime de lesa pátria.
É necessário que nossos parlamentares fiquem atentos para o fato de que a aprovação do projeto de lei 4567/16 do José Serra é uma verdadeira traição ao país.
Com a Petrobras o Brasil tem competência para explorar o pré-sal sem a ajuda de ninguém. Isto já está mais do que demonstrado.
Entregar nossos recursos naturais desta forma é um desrespeito com à nação.
Aprovar o PL 4567 é esquecer todos os esforços dispendidos por nossos antepassados na construção de um Brasil melhor.
Aprovar o PL 4567 é rasgar nossa bandeira e apagar nosso hino pois “o filho deste solo” estará desonrando “a mãe gentil”.
 
 
Cláudio da Costa Oliveira – Economista aposentado da Petrobras
 
 
 
 

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